quarta-feira, 30 de abril de 2014

Faça uma leitura dos seguintes textos, considerando as discussões em aula, e responda as questões logo abaixo:



“[...] Aurora, uma das netas mais velhas da liberta Francisca Xavier seguiu ainda adolescente, nos anos 1940, uma prima que já trabalhava no serviço doméstico no Rio de Janeiro. Antes disto, Ormindo, irmão mais velho de Izaquiel, tinha seguido para o cinturão rural de Nova Iguaçu, a convite de um primo, para plantações de laranja na encosta dos morros e com acesso mais fácil aos mercados da cidade. Nos anos 1930, também por motivos bastante fortes, seu Cornélio foge para ser aprendiz de padeiro, a primeira dentre uma série de ocupações urbanas, em Juiz de Fora.” (p. 182)

“[...] Dona Nininha, entrevistada em 1994, se disse neta da escrava Tibúrcia, e filha caçula de D. Clotilde. Vivia em Paraíba do Sul quando gravou histórias sobre sua avó e sua mãe. Dentre as recordações da mãe, que faleceu em 1993, aos 94 anos, está uma frase que ela, ao que parece, gostava de repetir para justificar diversas atitudes. “Minha mãe foi escrava, eu não sou.E mamãe falava, vamos embora”. Em alguns lugares, os irmãos de dona Nininha eram colocados para impedir que os passarinhos comessem a plantação de arroz, sob ameaça de surras. Segundo D. Nininha o proprietário “prometia bater, mas não me lembro se batia não. Isso não me lembro. Minha mãe falava assim ‘no dia em que bater no meu filho, a gente vai embora’”. Isto não impedia que a própria D. Clotilde batesse. Ela podia, mas mais ninguém. (p. 190).

Referência:
RIOS, Ana Maria; MATTOS, Hebe Maria. O pós-abolição como problema histórico: balanços e perspectivas. Disponível em: http://www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/Topoi08/topoi8a5.pdf. Acesso em: 13/03/2014
1. Segundo os textos lidos, como os ex-escravos lidaram com a necessidade de trabalho no momento logo após a abolição? Que oportunidades lhes foram oferecidas?
2. Quanto à análise dos textos, qual a importância de considerarmos os “anônimos” da História, para a nosso conhecimento histórico?
3. Você acha que podemos denominar os ex-escravos, no contexto estudado, como “novos cidadãos”? Explique a sua resposta.
4. Como os proprietários de terras ainda conseguiram, de alguma maneira, submeter aqueles, que agora eram seus empregados?

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Atividade Pós-Abolição



TRABALHANDO COM O TEMA: PÓS-ABOLIÇÃO

De acordo com as discussões feitas em sala de aula, a partir da temática do Pós-Abolição, observe os seguintes textos:

ANÚNCIOS
“PRECISA-SE DE CRIADA PARA TODO O SERVIÇO EM CASA DE FAMÍLIA SEM CRIANÇAS, PREFERE-SE ESTRANGEIRA, RUA DO RESENDE Nº 180”. (anúncios e poema presentes no livro referenciado)
“PRECISA-SE DE UMA BOA COZINHEIRA ALEMÃ PARA CASA DE FAMÍLIA DE TRATAMENTO, PAGA-SE BEM, DIRIJA-SE À RUA COSME VELHO Nº 113”.

POEMA

Minha carta de alforria
Não me deu fazendas
Nem dinheiro no banco
Nem bigodes retorcidos

Negro forro, poema de Adão Ventura.


Referência:
MOURA, Roberto. Tia Ciata e a Pequena África no Rio de Janeiro. 2ª ed. Rio de Janeiro. Divisão de Editoração, 1995. Disponível em: http://www.saberglobal.com.br/deondeabaianavem/download/TiaCiata_e_a_Pequena_%C3%81frica_no_Rio.pdf


Considerando os anúncios, faça um pequeno texto contendo:

- De qual período da História do Brasil trata-se os textos acima?

- Quais são as pessoas a que as oportunidades se destinam (nacionalidade)? Explique o que essa “preferência” acarretou na sociedade

- Esses anúncios demonstram situações e ideias que excluíam uma parcela da sociedade, quem eram esses “excluídos”? Como eles lidavam com essa situação (alternativas)


link para download  da atividade:

Atividades Primeiro Bloco



Faça uma leitura dos seguintes textos, considerando as discussões em aula, e responda as questões logo abaixo:

“[...] Aurora, uma das netas mais velhas da liberta Francisca Xavier seguiu ainda adolescente, nos anos 1940, uma prima que já trabalhava no serviço doméstico no Rio de Janeiro. Antes disto, Ormindo, irmão mais velho de Izaquiel, tinha seguido para o cinturão rural de Nova Iguaçu, a convite de um primo, para plantações de laranja na encosta dos morros e com acesso mais fácil aos mercados da cidade. Nos anos 1930, também por motivos bastante fortes, seu Cornélio foge para ser aprendiz de padeiro, a primeira dentre uma série de ocupações urbanas, em Juiz de Fora.” (p. 182)

“[...] Dona Nininha, entrevistada em 1994, se disse neta da escrava Tibúrcia, e filha caçula de D. Clotilde. Vivia em Paraíba do Sul quando gravou histórias sobre sua avó e sua mãe. Dentre as recordações da mãe, que faleceu em 1993, aos 94 anos, está uma frase que ela, ao que parece, gostava de repetir para justificar diversas atitudes. “Minha mãe foi escrava, eu não sou.E mamãe falava, vamos embora”. Em alguns lugares, os irmãos de dona Nininha eram colocados para impedir que os passarinhos comessem a plantação de arroz, sob ameaça de surras. Segundo D. Nininha o proprietário “prometia bater, mas não me lembro se batia não. Isso não me lembro. Minha mãe falava assim ‘no dia em que bater no meu filho, a gente vai embora’”. Isto não impedia que a própria D. Clotilde batesse. Ela podia, mas mais ninguém. (p. 190).

Referência:
RIOS, Ana Maria; MATTOS, Hebe Maria. O pós-abolição como problema histórico: balanços e perspectivas. Disponível em: http://www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/Topoi08/topoi8a5.pdf. Acesso em: 13/03/2014

1. Segundo os textos lidos, como os ex-escravos lidaram com a necessidade de trabalho no momento logo após a abolição? Que oportunidades lhes foram oferecidas?

2. Quanto à análise dos textos, qual a importância de considerarmos os “anônimos” da História, para a nosso conhecimento histórico?

3. Você acha que podemos denominar os ex-escravos, no contexto estudado, como “novos cidadãos”? Explique a sua resposta.

4. Como os proprietários de terras ainda conseguiram, de alguma maneira, submeter aqueles, que agora eram seus empregados?

link para download  da atividade:

Atividade Chibata

Faça a leitura dos seguintes textos, considerando as discussões em aula, e responda as questões logo abaixo:

I - “No período em que ocorreu a revolta contra a Chibata, o recrutamento dos marinheiros apoiava-se nos grupos de voluntários que provinham das Escolas Aprendizes Marinheiros e em grande numero de homens forçados ao engajamento por organismos repressivos do Estado, pessoas descritas como “vagabundos”, 'desocupados’, ‘malfeitores’, ‘criminosos’.” (p.22-23)

II - “Sendo a revolta, na visão dos oficias, feita por vagabundo e malfeitores, essa interpretação não indagou sobre as condições sociais que os geraram, fazendo parecer “naturais” as medidas disciplinares neles aplicadas, em particular, o espancamento.” (p.25)

III - “No dia 23, o oficial da Marinha, José Carlos de Carvalho dirigiu-se aos principais navios revoltados e os revoltosos reivindicaram sua condição de “cidadãos brasileiros e republicanos” para melhor marcarem o desrespeito aos seus direitos. O controle sobre os navios foi registrado pelos revoltosos antes do conjunto de reivindicações e criticas como uma espécie de triunfo anunciado para garantir o atendimento aos seus pedidos” (p.47-48)

Referências:
Silva, Marcos A., Contra a Chibata: marinheiros brasileiros em 1910 – 2ed. – São Paulo: Brasiliense, 2002.

1 - Segundo os textos como era o contexto que desencadeou a Revolta contra a Chibata? 

2 - Utilizando do segundo trecho e tomando ciência que a Revolta aconteceu 22 anos após a abolição da escravatura, crie nesse contexto um paralelo entre a visão dos oficiais a respeito dos marinheiros e dos senhores de escravos para com os escravos.

3 - Quanto à análise do terceiro trecho, qual a importância do conhecimento técnico dos marinheiros frente à forma como desenvolveram a Revolta?

link para download  da atividade:
http://www.4shared.com/file/4X3YIkvHce/atividade_chibata_corrigido.html 



                 
 

 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

ATIVIDADE: O MUNDO DO TRABALHO NO PÓS-ABOLIÇÃO

Faça uma leitura dos seguintes textos, considerando as discussões em aula, e responda as questões logo abaixo:

“[...] Aurora, uma das netas mais velhas da liberta Francisca Xavier seguiu ainda adolescente, nos anos 1940, uma prima que já trabalhava no serviço doméstico no Rio de Janeiro. Antes disto, Ormindo, irmão mais velho de Izaquiel, tinha seguido para o cinturão rural de Nova Iguaçu, a convite de um primo, para plantações de laranja na encosta dos morros e com acesso mais fácil aos mercados da cidade. Nos anos 1930, também por motivos bastante fortes, seu Cornélio foge para ser aprendiz de padeiro, a primeira dentre uma série de ocupações urbanas, em Juiz de Fora.” (p. 182)

“[...] Dona Nininha, entrevistada em 1994, se disse neta da escrava Tibúrcia, e filha caçula de D. Clotilde. Vivia em Paraíba do Sul quando gravou histórias sobre sua avó e sua mãe. Dentre as recordações da mãe, que faleceu em 1993, aos 94 anos, está uma frase que ela, ao que parece, gostava de repetir para justificar diversas atitudes. “Minha mãe foi escrava, eu não sou. E mamãe falava, vamos embora”. Em alguns lugares, os irmãos de dona Nininha eram colocados para impedir que os passarinhos comessem a plantação de arroz, sob ameaça de surras. Segundo D. Nininha o proprietário “prometia bater, mas não me lembro se batia não. Isso não me lembro. Minha mãe falava assim ‘no dia em que bater no meu filho, a gente vai embora’. Isto não impedia que a própria D. Clotilde batesse. Ela podia, mas mais ninguém. (p. 190).
Referência:
RIOS, Ana Maria; MATTOS, Hebe Maria. O pós-abolição como problema histórico: balanços e perspectivas. 
Disponível em: http://www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/Topoi08/topoi8a5.pdf. Acesso em: 13/03/2014


Segundo os textos lidos, como os ex-escravos lidaram com a necessidade de trabalho no momento logo após a abolição? Que oportunidades lhes foram oferecidas?

Quanto à análise dos textos, qual a importância de considerarmos os “anônimos” da História, para a nosso conhecimento histórico?

Você acha que podemos denominar os ex-escravos, no contexto estudado, como “novos cidadãos”? Explique a sua resposta.


Como os proprietários de terras ainda conseguiram, de alguma maneira, submeter aqueles, que agora eram seus empregados?